5 de fevereiro de 2018

EU SOU, MAS QUEM NÃO É






Sou profana...
Seguidora da volúpia ébria,
E degustadora da pervertida libertinagem,
Atenta às loucuras,
Que permeiam a eterna vadiagem.
Vivo na esbornia da vida,
Sendo a escória da devassidão.
Sexo é meu ilícito vício,
A bebida, é a combustão do meu tormento,
Que junto, faço um inferno propício,
Desde do sexo selvagem, a orgia.
Sem reclamar da revelia,
Só aumentando o valor monetário,
Apesar de amar toda essa sacanagem.
Pois, sou relíquia exuberante,
De uma beleza estonteante.
Ar de menina faceira;
Corpo de mulher voluptuosa,
Com sublime rebolado,
Que no inferno só seduz,
E nas profundezas com o diabo,
Somente aos decadentes, reluz.
Um belo sorriso desavergonhado,
Jeito de ninfeta, toda dengosa,
Sendo admirada, sabe que é gostosa.
Mulher perdida, e perigosa...
No palco, uma exímia bailarina,
Na cama, a puta que todos apreciam,
Homens ou mulheres...oque que tem?
Nesse inferno, caiu, pegou fogo,
Sem preconceito, é só pagar bem.
Nesta vida, eu não posso ser diferente;
Nasci do ventre de uma puta temente,
E criada por uma cafetina,
Que queria que eu fosse descente.
Sendo a mesma, minha madrinha,
Dona do cabaré de mulheres indecentes.
No Cabaré de Dona Mariquinha,
A ninfeta mais cara, e cobiçada.
E assim faço minha vida,
Nessa devastação desgarrada,
Que por mim foi escolhida.
Amo a minha devassa profissão,
Dispenso a vida correta por opção.


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